quarta-feira, 4 de novembro de 2015


Texto bíblico: João 1:29-34
Nós ainda não achamos nosso lugar no mundo espiritual, pois nos achamos os mais carentes, ou os mais sábios; estamos longe de nos enxergar como realmente somos no mundo espiritual. Nosso desejo de vingança e justiça própria nos impede de nos enxergar, afinal do que adianta qualquer habilidade ou capacitação se não somos pessoas coerentes? Se somos arrogantes, se não temos respeito para com ninguém, nem com os da nossa casa? Qual o nosso lugar como cristãos?
Nosso alvo deve ser Cristo, independente de qualquer situação, sem achar que sabemos de tudo, sem viver de maneira inquieta. João não só viu Jesus, mas sabia que Cristo era maior do que ele. Os irmãos do passado morriam por amor a Cristo, e hoje nós matamos em Seu nome, não agimos como cristãos, competimos nos relacionamentos ao invés de proclamar que Ele tira o pecado do mundo, sem viver de contenda ou vanglória, mas sabendo nosso lugar no mundo espiritual, sabendo qual o nosso papel no lugar onde o Senhor nos colocou, no trabalho ou em casa.
Queremos de fato um lugar de obediência? Um lugar de verdade? De espera? Só há um Deus, não somos deuses, desfiguramos Jesus porque não queremos estar em segundo lugar, não O colocamos no centro, não O colocamos na primazia.
A palavra de Deus não é só um livro, mas a consciência para que nosso coração seja mudado e venhamos a nos colocar no nosso devido lugar, para que não sejamos filósofos, mas pessoas que se prostram diante de Deus, aquele que é a única referência, o único capaz de dar sentido à nossa vida. Não nos rendemos porque achamos que nossa habilidade já é o suficiente ao invés de reconhecer que só Cristo é Senhor sobre tudo.
Nossa maior necessidade é encontrar nosso lugar de servir à igreja, de sermos evangelizadores, tornando-nos pessoas que se veem dependentes de Deus, que sabem que precisam aprofundar suas vidas com o Senhor, crendo que devemos fazer a vontade de Deus independente da situação, valorizando o próximo, não vivendo de competição pois sabemos que estamos no lugar onde Deus nos colocou.
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” 1 Coríntios 13:1-13
Estamos fora do lugar, pois não sabemos amar, nem nos relacionar na consciência do amor. Este é o dom supremo, onde não há necessidade de buscarmos uma posição social, mas de sermos corpo de Jesus Cristo.